Câncer do colo uterino: o que é?

O câncer de colo uterino é o terceiro câncer mais frequente entre as mulheres brasileiras, ficando atrás apenas do mamário e do colorretal.

Das primeiras lesões até o desenvolvimento da doença e manifestação dos sintomas, podem passar 10 a 20 anos. Sua evolução é silenciosa, mas pode ser percebida através de um simples exame ginecológico chamado Papanicolau, que detecta a presença do causador do câncer de colo uterino: o Papiloma Vírus Humano (HPV).

Embora esta doença seja causada pelo HPV, a existência do vírus não significa o desenvolvimento do câncer. Na maioria dos casos, o próprio organismo será capaz de eliminar o HPV sem precisar de tratamentos. Apenas quando as infecções pelo HPV são persistentes é que elas ocasionam o surgimento da doença.

Nestes casos, o tratamento depende do estágio de desenvolvimento do câncer. Se for detectado no início, quando ainda está restrito ao colo uterino, ele pode ser totalmente removido cirurgicamente sem prejudicar os órgãos reprodutores. Em estágios mais avançados, pode ser necessário tratamento com quimioterapia ou radioterapia, ou mesmo a retirada do útero e das estruturas adjacentes, através de uma cirurgia chamada histerectomia radical.

Sintomas

Quando o câncer de colo uterino está desenvolvido, a mulher apresenta sintomas como:

- dores abdominais relacionadas às funções intestinais ou urinárias, ou ainda durante as relações sexuais.

- sangramentos vaginais incomuns: fora do período menstrual; após as relações sexuais; em pequenas proporções, junto às secreções vaginais; junto à menstruação, tornando o ciclo mais longo que o habitual; ou após a menopausa.

Existem várias outras doenças ginecológicas que também causam esses sintomas, sendo necessário realizar exames que detectem se, de fato, há a presença de câncer. Mesmo que o ginecologista descarte esta possibilidade, a dor e os sangramentos serão investigados pelo médico, pois são um alerta de que algo está errado na saúde da paciente.

Nem a presença dos sintomas significa que existe câncer de colo uterino, nem a ausência deles quer dizer que a mulher está saudável. O estágio inicial da doença, quando as chances de tratamento e cura são maiores, geralmente é assintomático. Por isso a importância de todo ano realizar os exames de prevenção. Ao não sentir nada, a paciente não procura o ginecologista e o problema segue evoluindo silenciosamente.